A vida é uma peça.

Somos todos parte atuante do teatro. Mas nessa peça não existem mocinhos. Só vilões. Somos os atores coadjuvantes, os protagonistas, a técnica, a platéia, os críticos. O problema é que não dá pra fazer tudo. Não dá pra ser o vilão, e criticar ele. Não dá pra odiar o protagonista, reclamar da platéia, vaiar o coadjuvante. Não dá, mas é isso que fazemos todo dia. Odiamos tudo e vamos assistir todo dia a peça teatral ridícula da nossa vida. E é ai que começamos a mostrar porque só existem vilões inescrupulosos, corruptos e hipócritas. Somos tudo isso. E um resquício de bondade, pra que haja superioridade. Ser vilão é tão bom, que sempre tem quem não goste de ser crítico da própria vida, e procura a vida de outro ator, outro teatro. Somos toda a classe de um vilão, e só a prepotência de um mocinho.