manias, manias...

Eu tenho duas manias quase que insuportáveis.
A primeira é sempre ceder quando se trata de amizades: Ser a primeira a pedir desculpas, ser a primeira a ser falsa e dizer que tá tudo bem e achar que de fato com essas atitudes vai ficar tudo bem. Ler as entrelinhas que não existem e me afetar ou simplesmente ser indiferente à tudo e fingir que eu sou extremamente superior ás coisas que acontecerem. Ser a amiga legal, a boa ouvinte pensar um monte de coisas e quase vomitá-las pras pessoas e na hora guardar, porque eu sei que vou magoar a outra pessoa (e isso não é algo exclusivo para meus amigos, anyway…). Talvez esse seja o grande erro… É piedade demais, medo demais de machucar, quando o que eu realmente devo fazer é apunhalar MESMO que eu saiba que vai doer mais em mim. Isso sim faria parte do que eu quero ser. O (grande) problema é que eu sempre sei o que fazer… o certo na hora certa, mas aí eu cedo por achar que aquela amizade realmente faz diferença pra mim. E de fato… realmente faz (ou fez, ou fazia, ou fará, ou faria). Só que, como eu tenho uma ideia do que é ser AMIGO(a) diferente do que as que as pessoas das quais eu costumo me aproximar têm, eu acabo sendo amiga sozinha, e isso me causa síncopes. Quando eu percebo que eu não tenho o que eu quero de volta, eu desisto. Aí eu costumo afirmar que a minha melhor amiga sou eu, porque eu sei o que me dizer, na hora que eu quero ouvir, e (ás vezes) consigo ser minha amiga.
A segunda mania irritante é pensar nisso.

consciencia sentimental

Um casal abraçado na minha frente e foi aí que, subitamente, tive uma crise de consciência sentimental. Minha mãe certa vez disse que eu não tinha sentimentos, era seca deles. Coisa que eu não acreditava, até então. Até então. Juro que foi algo que eu não esperava sentir, ou pensar.
Sentir.
Um vazio e uma voz, que parecia extremamente incoerente, sussurrava uma certeza da qual eu não tinha mais: Tu realmente não precisa de alguém? Instantaneamente o casal apareceu novamente a minha frente, apaixonados e felizes, e eu me perguntei por quanto tempo. Essa coisa de negar sentimentos já ficou encruada, impregnada, entranhada.
Essa falta de sentimentos é algo, obviamente, opcional. Só que, como toda a escolha que eu faço, uma hora seria questionada por mim mesma. E a certeza que eu tinha, de novo acabou.
E eu nem sei mais o que pensar. Ainda bem que essa voz se calou, no mesmo instante em que se manifestou.
confuso?

eu precisava,

  faz tempo que me prometia uma mudança interior, e consegui, E isso ta começando a refletir exteriormente. começando…