Three.

Tu não achas o três um número ruim? Nunca me trouxe sorte, nem no jogo, nem no amor. Eu não sei escolher entre três coisas. Não sei, ainda mais quando se trata de três amores. Tudo bem, há quem diga que isso não existe, que ninguém consegue amar, gostar ou se apaixonar por duas pessoas ao mesmo tempo, que dirá três. Esse número me persegue ferrenhamente, insistentemente, mortalmente. (três adverbios) Mas tudo se completa. Talvez se, um dia eu conseguisse achar em uma pessoa só o que os três têm, eu fiaria com uma só... ou não. Não imagino alguém que seja como eles, nem me imagino com alguém que não sejam os três. Minha vida sentimental é cheia de fantasmas. E toda vez que eu começo um novo relacionamento, os velhos fantasmas me atraem como nunca atraíram. E foi o que aconteceu. É o que acontece. Eu não tenho três amores, eu tenho um relacionamento e dois fantasmas. E talvez, se eu encontrar alguém interessante que me queira, sejam três fantasmas. Fato é que eu não sei me desvencilhar deles, de nenhum dos três. Química, sentimento e brincadeira. Os três não me deixam, não me largam, até por que não os deixo longe de mim. Alimento cada um deles, porque isso alimenta meu ego. Talvez esse seja o quarto e o maior de todos: o Ego.