alguns aspectos da minha vida eu vou, mais uma vez, concluir que eu vivo uma eterna batalha contra mim mesma. Isso porque eu sempre quero ir um passo além de onde eu impus meu limite... avançar e avançar. Acho isso bom porque é como se eu sempre superasse meus objetivos: ultrapasso o que eu achei que fosse impossível. Aliás, isso é positivo até o momento que eu ultrapasso a linha do “avanço” e, sem escalas, paro na obsessão... fico obsessivamente querendo buscar o que eu acho impossível e querendo passar por onde eu sei que não dá; não que eu não possa passar por que é impossível ou inacessível, não poderia porque de alguma forma eu vou me agredir com isso. E assim começa a luta... eu sei que vai ser penoso, mas não consigo admitir fraqueza, sabendo que eu posso demonstrar caso queira, porque essa fraqueza já é muito além do que o que outra pessoa suportaria. Em tudo eu preciso me provar que eu consigo ir além do que o que eu determinei que fosse o limite, mesmo bradando que eu nunca preciso provar nada pra ninguém. O mais curioso disso, é eu não consigo me enxergar agindo com a mesma clareza na qual eu vejo isso, pra consegui mudar essa postura megalomaníaca que eu resolvi ter, por tanto tempo.
Só que eu acho que, definitivamente, eu cansei de conseguir suportar tudo.
"De vez em quando a gente tem que reconhecer que o mundo fica chato. Que as coisas ficam sem graça. Que fica tudo um saco mesmo. Porque a gente cresce o tempo inteiro com essa história de que os melhores estão sempre alegres e não se abalam com as adversidades da vida. Resignam-se, suportam tudo. Que as pessoas admiráveis não choram e não sofrem de melancolia. “Você é forte!” eles dizem. “Mas olha, como ela é guerreira!”. Todos querem ser de rocha, mas até os guerreiros surtam um dia. E que se foda. Que a gente se permita surtar, para então não enlouquecer”