Agradecimentos.

2009, bgs e nunca mais volte aqui.
Eu preciso agradecer o ano?
Fora todos os escorpiões que não me picaram, os cachorros que não me morderam e os médicos que não deixaram bisturis em mim que são de praxe, preciso agradecer a ninguém ter me envolvido em rituais de magia negra, agradecer ao banco ITAU que nunca me deixa entrar, agradecer a geyse que me mostrou a mediocridade dos parâmetros de se tornar uma celebridade. Agradecer aos alfinetes que não me picaram, às pulgas que não me causaram alergia esse ano e aos ladrões que não me assaltaram. E aproveito já e agradeço aos estupradores que não me estupraram e aos seqüestradores que não me seqüestraram. Aos cachorros quentes e xis que não me causaram infecção intestinal, e aos cigarros que eu resisti a tentação de fumar. Ás batatas fritas com catchup em demasia, e a tudo que com catchup fica melhor. Aos amigos que continuaram mais um ano me aturando e aos que enjoaram de mim. Muito mais aos que enjoaram, porque só o tempo mostra quem te atura de verdade, digo, quem gosta de ti de verdade. Aos shows que eu não fui e que eu não tinha COMPANHIA e dinheiro, e ao show do franz ferdinand que talvez quem sabe se pá seja provável a hipótese da idéia de que vá eu e mais um ingresso. (Fica a dica, to pagando). Aliás, um obrigada especial à todos os indies que fizeram meu ano render mais. À redenção lotada num domingo de sol, depois de semanas de chuva, e ao parque moinhos que concentrou indies nojentos e chatos. Ah e aos falsos indies com cara de cidade baixa que moram na Farrapos. Falando em Farrapos, agradecer a QUERIDA transcal por cada dia mais me proporcionar a sensação de me sentir uma cebola solta em um caminhão. Agradecer aos Bazares e 1,99’s por existirem: me sinto rica e poderosa imaginado que vocês são uma Daslu, e que meus 10 reais são um cartão de credito sem limites. Aos bueiros que não abriram quando eu passava e á plataforma do trem que eu não caí. Ao INCRIVEL MilkShake de vodka, e a cerveja barata. Á tudo que me fez sentir viva, que me fez feliz e que me fez.. érr, enfim, (V.J. essa foi pra você, ahtri), as coisas ruins e erradas que me fizeram adquirir aprendizado, evoluir e a crescer (mesmo que eu permaneça a mesma pamonha de sempre)
E então, mais uma vez parafraseando Beeshop: “Um brinde a todas as coisas, animais e pessoas.”
2010, e aí, senta aí, aceita um café?

errata

Todo mundo diz (e todo mundo sabe) que a gente só aprende mesmo é com os erros. Talvez eu até possa dizer que 2009 foi um ano de acertos. Acertei pessoas boas, acertei as pessoas ruins, acertei em sair, acertei em voltar, acertei em ficar. Acertei muito mais do que errei, e o resultado? Não aprendi quase nada. Só aprendi como é boa a sensação de acertar, e isso me deixou prepotente, acreditando sempre no meu acerto.
Já quando a gente erra, fica ressabiado, cuida pra não errar de novo e, consequentemente, acerta. Mas acerta e aprende, o que pra mim, vale mais do que um acerto vazio, no escuro.
Eu só posso é agradecer a quem me fez errar esse ano, e pedir que me façam errar muito mais.
Eu acertei a hora de parar, e a recompensa veio só agora.
Eu acertei na hora de procurar, mas podia ter esperado.
Eu acertei os amigos pra me divertir.
Eu acertei a hora de começar de novo.
E, o mais importante, acertei percebendo que eu fiquei vazia de aprendizado.
Não me foram tão valiosos esses aprendizados, fiquei uma pessoa certa do que faz e vazia.
Eu espero que 2010 seja um ano de erros.
Eu preciso errar pra perceber que eu to vivendo, que eu não estou vazia.
E não quero errar sozinha, bem na verdade, eu não quero nem lembrar que eu errei. Não lembrar de nada. Nem que seja por diversão, eu quero errar.
Não quero errar e transformar os erros em conselhos. Quero errar....
Que 2010 seja um erro inesquecível.