Eu sei

que a gente não deve julgar ninguém pela aparência, nunca. É preconceituoso e a idéia quase sempre é erronia. A primeira imagem é sempre bem distorcida. Sou mestre nessa arte. Vejo a imagem, conceituo conforme eu acho que deve ser e CHAZAN... dou com os burros n’água: a pessoa sempre é melhor do que o que eu IMAGINAVA. A gente cria muita expectativa quando faz algo novo ou quando conhece pessoas novas e se frustra quase sempre. É quase impossível atender as nossas expectativas. Não as outras pessoas atendê-las, mas a gente mesmo atender isso. A gente cria uma expectativa de conhecer gente inteligente... como a gente, que gostas das mesmas coisas que a gente e costume ir nos mesmos lugares. Se vista da mesma forma e pense da mesma forma, goste das mesmas comidas, ouça as mesmas músicas... que seja quase a gente. E, é obvio, se frustra. Elas são completamente elas, e esperam que nós sejamos como elas. Ciclicamente. Isso acontece comigo sempre. Eu sempre imagino como vai ser antes de ser e decreto que seja daquela forma, que nunca vai ser. Daí, chega lá e... pronto: aprende a respeitar as diferenças, as individualidades, as chatices, as mesmices, os clichês, os legais e os iguais. Aceita e entende as pessoas que agregam. Quem não dá pra criar amizade, cuido pra não criar inimizades. A velha política da boa vizinhança, que sempre dá certo. Não consigo entender gente que, por não ser igual, ou por ter uma aparência diferente, se acha superior. Acho isso completamente BURRO e IGNORANTE. Todo mundo agrega, em algum momento, em alguma coisa, nem que seja uma vírgula numa linha. Pensar que alguém goste de ser separatista e radical ao ponto de só querer por perto os que são iguais me faz entender porque existe tanta gente solitária no mundo.