good guys and villains

Eu gosto de ser surpreendida... Me instiga a querer desvendar o que acontece. Não parecer obvio demais é uma coisa meio last week hoje. Talvez por que sejamos mais preguiçosos a pensar, e geralmente a história vem bem vomitadinha, pra ti não pensar demais. Mas eu fico feliz de saber que nem todas as histórias não são tão obvias assim. Quem julgaria que o vilão seria apenas uma vitima do mocinho? Quer dizer... A história toda te induz a trilhar um caminho, e a narrativa te manipula a achar que o mocinho é quem sofre. E que a suposta vitima é que é o vilão. O mais loco é que, com a narrativa te manipulando tu começa a inventar um final meio trágico pro 'vilão', e quando descobre que ele que é a vitima, se sente culpada. Mas, convenhamos: a vítima sempre vai ser um babaca. Um banana. Como vai cair nessa cilada de ser vilão por osmose? O fato do final ser surpreendentemente diferente do que o que eu crei lendo, não beneficiou a vitima nem o vilão. Só mostrou que eu como leitora - e as vezes espectadora, fico vulnerável as facetas dos personagens. E só me fez perceber que, por mais que existam muitas histórias que nos induzem a achar que sim, mocinhos não existem. Nunca existiram.