Quando os fogos começaram

eu tive o impulso de desejar que aquele momento durasse pra sempre. A tua mão na minha, segurando forte, os pés na água do mar, o sorriso, a alegria, os abraços e o desejo de que ficássemos desse jeito por muito, muito tempo; pedi que isso tudo durasse pra sempre. Não consegui desejar, pensar, querer, lembrar nada além disso. Freqüentemente, mesmo que sem os fogos, desejo em silencio, só pra mim enquanto te observo, que esse “nós” dure pra sempre, e se não for possível, que dure o máximo que nós conseguirmos alimentar. E se, ainda assim não for possível ou for tempo demais, eu tenho um pedido a fazer: Quero que, sempre que for segurar minha mão, seja daquela forma, com a mesma força, com o mesmo carinho, com o mesmo afeto e me passando a mesma segurança. Eu sei que, talvez pelo acaso ou pelo destino, esse sempre possa não ser eterno, então por favor, faça eu me sentir assim até o dia amanhecer.

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