sobre relações superficiais.

Sou a favor delas. Não são falsas, só não são profundas. E a profundidade que eu me refiro não tem absolutamente nada a ver com verdade, tem a ver com simplesmente não envolver-se a ponto de misturar as histórias e a vida com outra pessoa. Superficialidade, no meu caso refere-se muito mais a não expor o que eu sinto, como eu sinto. E sim como é aceitável aos ouvidos das pessoas. Na verdade é que eu sou uma ótima ouvinte, gosto de ouvir as pessoas contarem das suas histórias, dos seus pensamentos e dos seus “achismos”, só não gosto de intervir nisso: opinar e narrar minhas histórias. Eu conheço muito bem elas, e não gosto, nem tenho interesse em opiniões alheias sobre isso. Por isso prefiro a superficialidade, meu melhor conselho é sempre onde eu digo o que a pessoa espera ouvir. Não quero me interar do – na maioria dos casos – problema de outra pessoa e ajudar a resolvê-los: tenho problemas próprios, às vezes nem tão grande, nem tão complexos, mas cada um dá ao problema o tamanho da atenção que quer receber.
Resolvo os meus.
E por causa dessa forma de ver as coisas, acabo pagando por isso. A gente sempre vai pagar por escolher o que é obviamente mais fácil.
Me sinto muito mais a vontade em falar meus problemas aqui. Tu pode até opinar, mas não tem a mínima idéia da dimensão da coisa, e eu não saberei da tua opinião sobre.
Como eu disse: a gente dá o tamanho que quer para os problemas e eu não estou disposta à me aprofundar num problema pequeno. Seria quase como mergulhar numa piscina rasa.

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